Um vídeo de extrema violência e crueldade, atribuído a um cartel mexicano, circulou em fóruns especializados em crime organizado, chocando mesmo os observadores mais habituados à barbárie. As imagens, descritas como “aterrorizantes” e “desumanas”, mostram supostos sicários em um claro estado de descontração e diversão macabra após o assassinato de várias vítimas.
O Cenário do Horror
A gravação se passa em uma área densamente arborizada, com vários corpos de homens visíveis no chão de terra. No centro da cena, um indivíduo, usando luvas cirúrgicas, segura com as duas mãos, na altura do peito, o que parece ser o rosto completo de uma vítima, removido e mantido como um troféu. O item é tratado pelos presentes como uma “máscara”.
Em volta, outros homens animados fumam cigarros, riem e conversam, demonstrando total naturalidade e falta de remorso diante das vítimas. A atmosfera é de festividade perversa, um contraste chocante com a violência do ato.
O Diálogo Macabro
O áudio do vídeo, traduzido, revela a frieza e o deboche dos envolvidos:
- “Dá uma olhada nisso. Não é lindo?” – pergunta um.
- Outro instrui: “Vira para vermos a parte de trás.”
- Eles comentam sobre o “bom trabalho” na remoção, apontando onde ficavam o nariz e a boca: “Olha esses lábios assustadores”.
- O tom se torna ainda mais grotesco quando um dos sicários é incentivado a colocar a máscara no próprio rosto: “Papi, você vai ficar lindo com isso. As mulheres vão ficar todas em cima de você”.
- A cena culmina com um deles, usando a máscara, sendo chamado de “pronto para as festas de Halloween”.
- Outro assassino pede para também ter uma máscara colocada em seu rosto, normalizando aquele objeto de horror.
A Estratégia do Terror
Especialistas em crime organizado apontam que vídeos como este não são meros registros de violência, mas ferramentas de propaganda e psicoterror calculadas. Os objetivos são múltiplos:
- Intimidação Máxima: A violência extrema e teatralizada é direcionada a rivais, autoridades e comunidades, enviando uma mensagem clara de poder absoluto e crueldade sem limites. Busca paralisar a oposição pelo medo.
- Recrutamento e Cultura Interna: Para os cartéis, exibir esse nível de frieza pode ser uma forma de testar e fortalecer a lealdade dos membros, normalizando a violência mais extrema e filtrando aqueles dispostos a cruzar todas as linhas. A camaradagem durante os atos reforça os laços do grupo.
- Controle Territorial: A divulgação pública, mesmo em circuitos restritos, ecoa como um aviso sobre quem controla determinada região e o destino de quem desafia esse controle.
O Contexto da Violência no México
Este tipo de atrocidade ocorre em um contexto de conflitos entre cartéis poderosos, como o Cartel Jalisco Nueva Generación (CJNG) e o Cartel de Sinaloa, que disputam rotas de drogas, controle de extorsão e territórios. A violência, que já foi mais focada, tornou-se cada vez mais exibicionista e simbólica, utilizando o horror como linguagem principal.
Impacto e Reações
Vídeos com este nível de violência gráfica raramente chegam às plataformas tradicionais, sendo rapidamente removidos. Eles circulam principalmente em fóruns da deep web, canais especializados em notícias sobre o crime organizado e aplicativos de mensagem criptografados.
A reação das autoridades mexicanas a incidentes específicos como este frequentemente é limitada, dada a dificuldade de investigação, a localização remota dos crimes e o medo que impede testemunhas de falarem. O impacto mais profundo é o psicológico, perpetuando um ciclo de medo e impotência nas comunidades afetadas.
Aviso Importante:
O conteúdo descrito é de extrema violência e pode causar angústia, ansiedade e trauma. A exposição a materiais gráficos desse tipo está ligada a impactos negativos duradouros na saúde mental. É altamente recomendado que o público evite buscar ou assistir a essas gravações.
A cena representa a face mais sombria e desumana da guerra contra as drogas, onde a vida perde completamente o valor e o terror se torna um espetáculo para consumo interno e externo, visando corromper não apenas os corpos, mas a própria noção de humanidade.

