Massacre de Columbine: 26 anos do ataque na escola americana

Há 26 anos, Eric Harris e Dylan Klebold perpetraram um ataque na Columbine High School, resultando na morte de 12 estudantes e um educador.

Em 20 de abril de 1999, a Columbine High School, em Littleton, Colorado, foi palco de um dos ataques escolares mais impactantes da história dos Estados Unidos. Eric Harris e Dylan Klebold, dois alunos da própria escola, perpetuaram um massacre que resultou na morte de 12 colegas e um professor.

Eram aproximadamente 11h19 quando Rachel Scott, uma estudante de 17 anos, estava do lado de fora da escola compartilhando um lanche com Richard Castaldo. Eles foram surpreendidos pelo lançamento de uma bomba caseira, que falhou em detonar efetivamente. O que parecia uma brincadeira de mau gosto transformou-se rapidamente em horror.

Harris gritou um sinal de avanço e, com Klebold ao seu lado, os dois desembainharam armas e abriram fogo. Castaldo foi gravemente ferido, ficando paralisado do peito para baixo após ser atingido por vários tiros. Scott tornou-se a primeira vítima fatal, atingida por tiros que a mataram no local.

Ao longo do ataque, Eric e Dylan causaram um total de 13 mortes e deixaram 21 feridos antes de tirarem suas próprias vidas na biblioteca da escola. Mesmo décadas depois, o massacre permanece como um trauma vivo para sobreviventes e familiares das vítimas.

Pouco depois do incidente com Castaldo e Scott, por volta das 11h29, os atiradores entraram na biblioteca, onde cometeram a maioria dos assassinatos. Craig Scott, irmão de Rachel Scott, sobreviveu ao massacre escondendo-se sob uma mesa. Ele foi testemunha do assassinato de colegas como Isaiah Shoels — que sofreu comentários racistas antes de ser morto — e Matthew Kechter, seu amigo próximo. Apesar do choque e da perda, Craig saiu ileso fisicamente.

Para muitos sobreviventes, a jornada após o massacre foi marcada por desafios contínuos. Missy Mendo, que tinha 14 anos na época, lembra como sons como fogos de artifício ainda podem desencadear memórias traumáticas. O mês de abril, em particular, tornou-se emocionalmente difícil. Missy encontrou apoio no grupo de sobreviventes chamado The Rebels Project.

O trauma desses eventos também tem impactos acadêmicos, psicológicos e econômicos de longo prazo. Mesmo com o passar do tempo, os efeitos da violência armada nas escolas persistem, afetando profundamente a vida dos sobreviventes.

Kiki Leyba, que cursava o primeiro ano em Columbine em 1999, lutou contra transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). Com o tempo, encontrou alívio por meio de tratamentos especializados e hoje dedica-se a ajudar outros sobreviventes de tiroteios, viajando pelos EUA para oferecer apoio e conscientização.

O massacre de Columbine desencadeou debates nacionais sobre segurança escolar, saúde mental e controle de armas. No entanto, a repetição de tragédias semelhantes nas décadas seguintes serve como um lembrete sombrio de que essas questões seguem urgentes e sem solução definitiva.

VÍTIMAS

As vítimas do massacre de Columbine eram estudantes e um professor da própria escola. São lembradas como indivíduos cujas vidas foram tragicamente interrompidas. Seguem seus nomes:

Cassie Bernall, 17 anos
Steven Curnow, 14 anos
Corey DePooter, 17 anos
Kelly Fleming, 16 anos
Matthew Kechter, 16 anos
Daniel Mauser, 15 anos
Daniel Rohrbough, 15 anos
William “Dave” Sanders, 47 anos (professor)
Rachel Scott, 17 anos
Isaiah Shoels, 18 anos
John Tomlin, 16 anos
Lauren Townsend, 18 anos
Kyle Velasquez, 16 anos

FITA TAPE COMPLETA

Esta gravação contém mais de três horas de imagens das câmeras de segurança da cantina (área comum) da Columbine High School em 20 de abril de 1999. As primeiras cenas mostram dias anteriores (6, 7 e 16 de abril), antes de focar no dia do massacre. O sistema de vigilância, instalado originalmente para coibir o descarte de lixo, alternava entre quatro câmeras distribuídas pela cantina.