Miss Pac-Man da Guatemala: o feminicídio motivado por ciúmes que voltou a explodir na internet pelas cenas brutais

O caso de Alejandra Ico Chub voltou a ganhar força nas redes sociais em 2025 e reacendeu a revolta do público. A brutalidade registrada no vídeo fez o caso explodir novamente, mesmo tendo acontecido na segunda-feira, 29 de outubro de 2018. A morte de Alejandra, assassinada a golpes de facão pelo companheiro tomado por ciúmes, voltou a ser exposta de forma crua, reacendendo discussões sobre a violência sem limite que ainda domina várias regiões da Guatemala.

Alejandra vivia na comunidade La Isla del Norte, em San Miguel, município de Chisec, Alta Verapaz, Guatemala. Tinha 32 anos e morava com Mario Tut Ical, seu companheiro, conhecido na área por ser agressivo e extremamente ciumento. O relacionamento dos dois já havia se deteriorado havia muito tempo, mas nada se comparou ao ataque que ele viria cometer dentro da própria casa onde o casal morava.

Na noite do crime, Mario saiu do controle e avançou contra Alejandra com um facão, acertando golpes violentos que atingiram principalmente o rosto, o pescoço e a cabeça da vítima. Os golpes foram tão fortes que destruíram parte da estrutura facial dela. A cena deixada no quarto parecia de execução. O facão havia sido usado com intensidade para mutilar. Alejandra ficou caída no chão, respirando com dificuldade, ensanguentada e consciente do que estava acontecendo.

Os vizinhos ouviram os gritos e correram para o local. Quando entraram na casa, encontraram Alejandra agonizando, com o rosto praticamente aberto pelos golpes. O corte atingia toda a lateral da face, deixando ossos, dentes e carne expostos. A mulher ainda tentava pedir ajuda, mas só conseguia emitir sons curtos e doloridos. O sangue se espalhava pelo chão enquanto ela perdia as forças rapidamente. A cena registrada pelos moradores mostrava totalmente a destruição causada pelo ataque. Alejandra lutava para respirar, gemia e tentava se manter viva, mas a mutilação era devastadora.

O vídeo cru daquele momento voltou a viralizar em novembro e dezembro de 2025. Nas imagens, Alejandra aparece caída, com metade do rosto destruída, o olho praticamente fora de posição e o maxilar fragmentado pelo impacto das lâminas do facão. A cabeça dela se move lentamente enquanto tenta reagir, mas não há possibilidade de sobrevivência. O sangue cobre toda a pele, o piso e partes do lençol da cama onde havia sido atacada. As pessoas ao redor falam desesperadas, mas não há nada a ser feito. Ela morreu poucos minutos depois, antes mesmo que qualquer socorro chegasse.

Mario Tut Ical fugiu imediatamente após o ataque. Saiu correndo pela noite, deixou a casa em silêncio e sumiu por horas até desaparecer completamente da região. O impacto do caso foi tão grande que, anos depois, o público passou a chamar Alejandra de Miss Pac-Man, apelido cruel criado por causa dos ferimentos mutilantes que ela recebeu no rosto. O termo, brutal e desrespeitoso, acabou dominando a internet, e em 2025 voltou com ainda mais força depois da redistribuição do vídeo.

A repercussão fez organizações locais se manifestarem novamente contra a impunidade e contra a violência doméstica que domina grande parte de Alta Verapaz. Moradores reforçaram que casos como o de Alejandra não são isolados e que muitos agressores se escondem em comunidades rurais, onde a polícia dificilmente entra e onde muitas mulheres são mortas sem que haja investigação adequada.

O caso de Alejandra Ico Chub, mesmo depois de tantos anos, continua sendo um dos registros mais violentos de feminicídio na região. A crueldade das imagens segue circulando e reacendendo a revolta do público. A cada nova vez que o vídeo reaparece, o impacto volta como se fosse a primeira vez, pela gravidade da mutilação e pela cena brutal em que Alejandra tenta sobreviver enquanto sangra até a morte.

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