Na madrugada de sábado, 21 de março de 2015, a tranquilidade de Angelim, em Pernambuco, foi rompida por um crime de extrema brutalidade. Patrícia Pereira da Silva, de 20 anos, foi assassinada pelo namorado, Renato Guilherme da Silva, de 24 anos, depois de uma discussão provocada por mensagens que ela trocava no WhatsApp com outro homem.
O casal havia discutido durante uma festa. Renato, tomado por ciúmes ao ver as conversas e fotografias no celular da jovem, deixou o local, voltou para casa e pegou uma faca no quintal. Minutos depois, ele encontrou Patrícia nas imediações e iniciou o ataque. Foram quatro facadas, seguidas da decapitação da vítima, ação que transformou o caso em um dos crimes mais violentos já registrados no Agreste pernambucano.
A investigação ficou a cargo do delegado José Renivaldo, que conhecia tanto a vítima quanto o autor desde a infância. Ele relatou que a comunidade ficou em choque, já que Renato era visto como um rapaz trabalhador, apesar de possuir histórico de comportamento ciumento e agressivo no relacionamento. O crime expôs uma rotina de conflitos que, segundo vizinhos e conhecidos, já acontecia há algum tempo.
Renato fugiu logo após cometer o assassinato, mas foi localizado dois dias depois, na noite de sábado, escondido na casa dos pais. Antes de ser preso, ele teria confessado o crime à própria família. A captura ocorreu em meio à comoção e a um protesto organizado por amigos e parentes de Patrícia em frente ao fórum da cidade, exigindo punição imediata.
O corpo da jovem foi encaminhado ao Instituto Médico Legal de Caruaru. O enterro, realizado no cemitério de Angelim, reuniu uma multidão de moradores, retratando o impacto profundo que o crime causou em uma cidade pequena onde todos se conheciam. A violência com que Patrícia foi morta expôs mais uma vez o cenário de agressões contra mulheres no interior do estado, marcado pela repetição de conflitos que evoluem até situações extremas como a que ocorreu naquela madrugada.
